Inovação é diferencial na atuação da Servtec Energia e do Grupo Aço Cearense
Empresas de grande porte, retratadas pelo painel do Prêmio Otimista de Inovação nesta segunda-feira (21), investem na valorização de ideias, em novos processos e serviços, com foco na sustentabilidade e no cliente
Ian Corrêa: inovação tem que estar ligada com
a estratégia da empresa (Foto: Divulgação).
Para se manter no mercado pós-pandemia, a inovação é um item fundamental para as empresas de todos os tamanhos, especialmente para as de grande porte. Esse foi o ponto-chave debatido no painel do Prêmio Otimista de Inovação desta segunda-feira (21), com Pedro Fiuza, CEO da Servtec Energia, e Ian Corrêa, vice-presidente do Grupo Aço Cearense, com a apresentação de Nathália Bernardo, diretora de Jornalismo do Grupo Otimista e transmitida pelas plataformas da TV Otimista.
No Grupo Aço Cearense, Ian Corrêa contou que a cultura de inovação faz parte do DNA da empresa. “Inovar é fundamental e necessário, um diferencial. Mas, nesse tempo de pandemia, é preciso ter estratégias para isso. Para podemos nos colocar no mercado, diante dos grandes players que já existiam, tivemos que apresentar algo diferente. Inovamos na logística, na forma de dar crédito ao cliente, de acessar o cliente, no nosso posicionamento estratégico. Tudo isso sempre fez parte do nosso pensamento de inovação”, afirmou o gestor da empresa, líder no segmento no Norte e Nordeste e com quase 4 mil colaboradores.
De acordo com Pedro Fiuza, a inovação também faz parte do dia a dia da Servtec Energia. “Inovar tem que estar no centro de todos os processos da empresa. Ao longo dos 50 anos de existência, a Servtec viveu muitos processos de inovação e de transformação, naquilo que a gente faz e no nosso modelo de negócio. E também a adaptação, porque a transformação na economia é muito forte, muito rápida, e não há tempo de fazer planejamentos muito longos. A Servtec começou no ramo de piscinas, foi para o de ar-condicionado e há duas décadas, está no setor de energia. Tudo isso faz parte do processo de inovação e de adaptação às novas tendências do mercado”, analisou.
Pedro Fiuza: colaboradores são incentivados e premiados por novas ideias (Foto: Divulgação).
Caminhos
Um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), feito em julho de 2020, mostrou que 83% das empresas acreditam que precisam de mais inovação para crescer ou sobreviver no mundo pós-pandemia. Esse indicador demonstra o quanto a inovação é necessária para a atuação das companhias na atualidade – e isso pode vir tanto de dentro para fora quanto de fora para dentro.
“Uma coisa que provocamos muito é para que nossos colaboradores e parceiros, dentro da companhia, que sugiram, criem, se arrisquem. Buscamos dar liberdade para todos trazerem ideias novas, a pensar de forma diferente. E também buscamos premiar os colaboradores pelas ideias e pelo que conseguimos colocar em prática, tirar do papel. Tudo isso para que, no final, a ideia possa gerar mais produtividade e eficiência”, explicou Pedro Fiuza.
O Grupo Aço Cearense procura estimular a cultura de inovação por meio de uma ferramenta única, que visa canalizar as ideias e as transforma em valor para a empresa. Está em estruturação o Programa de Gestão da Inovação, que projeta onde a empresa pretende estar no futuro, com base no cenário atual.
“Aquilo que a gente desenvolve, tem que colocar em prática o mais rápido possível, mas sempre pensando em qualidade e compromisso com o cliente. Tudo isso tem que estar ligado com a estratégia da empresa. Por isso, estruturamos esse Programa para estarmos preparados e receptivos para as ideias que surgirem, para que em breve tenhamos hubs de inovações, com empresas que possam vir para nos ajudar”, detalhou Ian Corrêa
Erros e acertos
Inovar também tem um risco? E esse risco pode trazer consequências graves? Pedro Fiuza contou que na Servtec esse aspecto é visto com muita responsabilidade. “Como trabalha com números muito grandes, não podemos errar no objetivo do negócio, no que é da engenharia. Tenho que desenvolver e implantar um projeto muito bem. A inovação ocorre nos processos, não posso querer ser pioneiro em comprar algo que não foi testado por ninguém. É um erro irreparável. Mas posso inovar na forma como a gente faz a limpeza dos painéis solares, por exemplo. Podemos fazer testes até chegar naquilo que nos traz mais eficiência, com menos custo. Erros irreparáveis, não podemos assumir, mas erros de processo, são incentivados, desde que calculados, que podem ser reparados”, disse.
“É preciso saber em que processos vamos inovar. No Grupo Aço Cearense, certos procedimentos industriais não podem ser modificados, são complexos e trazem riscos grandes. Mas podemos inovar na forma de entregar um produto para o cliente, por exemplo. Tem que ter inovação, mas saber como e o motivo de inovar. E a inovação tem que trazer um valor. Em empresas grandes, não se pode errar a todo momento”, defendeu Ian Corrêa.
Sustentabilidade
De acordo com os entrevistados do painel, os valores tecnologia, inovação e meio ambiente são indissociáveis, no processo de inovação. “Cuidar do meio ambiente sempre t4ve forte, na Servtec, e cada vez mais a sociedade tem exigido isso dos governos e das empresas. No meio em que atuamos, energia sempre foi uma demanda das empresas, que buscavam energia por preço bom e confiável. De alguns anos para cá, os clientes demandam também por energia renovável. Isso abrange principalmente as companhias estrangeiras, que buscam zerar a s emissões de carbono, e isso passa pela contratação de energia renovável. E isso tudo tem que ser contemplado pelos nossos projetos, é um dos nossos grandes desafios”, destacou Pedro Fiuza.
“O Grupo Aço cearense sempre teve essa preocupação, nossa principal fonte de energia vem da reciclagem. A gente capta sucata metálica em várias partes do país, junto com outros materiais. E para ter o carvão vegetal, que faz parte do processo, mantemos uma grande plantação de eucalipto, com mais de 38 mil hectares de floresta, para fazer o carvão. Precisamos ser sustentáveis, e nisso podemos ter inovação para trazer melhorias para o meio ambiente e para a sociedade. 80% da matéria-prima que utilizamos vem da reciclagem”, observou Ian Corrêa.
Premiação
Aproximar, dar visibilidade e reconhecer o mérito dos integrantes do ecossistema de inovação tecnológica do Ceará são alguns dos principais objetivos do Prêmio Otimista de Inovação. As startups participantes – que precisam ter base no Ceará – vão competir em três fases. Na primeira, as empresas serão divididas, conforme estágio e maturidade do negócio, em duas categorias: Negócios de Futuro e Tração.
A segunda fase, de Vídeo Pitch, terá as startups classificadas, que vão submeter um vídeo pitch de até 3 minutos apresentando os detalhes do seu produto, seu serviço ou seu projeto inovador.
No total, serão selecionados oito negócios para a Final – Pitch Day ao vivo, que será realizado no dia 31 de julho. As classificadas irão se apresentar em um pitch diretamente para os jurados.
Para se inscrever e acompanhar todas as etapas da premiação, basta acessar o endereço: www.ootimista.com.br/inovacao.
O OTIMISTA – 21/JUN/2021