Pioneirismo nos negócios e no setor de energias renováveis

CAROL KOSSLING
carolkossling@opovo.com.br

Ainda adolescente, o cearense Lauro Fiuza não sabia ao certo que profissão seguir, mas tinha certeza que seria empresário. Entre a turma de engenheiros que se formou, 18 ao todo, ele foi o único que não foi ser empregado e já saiu dono de empresa e segue até hoje. Um facilitador para se manter na ativa aos 76 anos e sem planos de aposentadoria é o espírito desbravador, que vem do pai, para fazer algo inusitado sempre. Foi assim que transformou a Servetc, nos seus 52 anos de atuação e sua própria carreira. Chegou a ter 13 empresas.

Dois momentos foram fundamentais para alavancar os negócios, que sempre foram acompanhados, mesmo que distante, pela esposa Beatriz, e pelos filhos Pedro, Lauro, Beatriz, que herdaram do pai a paixão pelo trabalho. Um deles foi a quase falência, que o fez ser resiliente diante das dificuldades. O outro foi um curso em Harvard aos 46 anos.

Foi na volta dos Estados Unidos que decidiu fechar e dar de presente alguns dos multinegócios que tinha e focar apenas na energia renovável. Bingo! Daí para frente só prosperidade, união em família, que recebeu dos pais, os filhos indo trabalhar com ele espontaneamente e muitas parcerias com grandes empresas de todo o mundo. Entre as características marcantes que perpetuam pelas gerações dos Fiuza, a seriedade, a honestidade e o amor entre eles. Tudo isso junto foi o que ele diz que possibilitou a credibilidade no mercado que só cresce e coloca a Servtec entre as primeiras do segmento, não em tamanho, mas sempre líder em inovação.

Mesmo com o lado empresarial aguçado, reconhece seu lugar de privilégio na sociedade e ao lado da esposa e dos filhos também dá continuidade aos valores familiares de olhar o próximo e ajudar na transformação dessas vidas. Além da geração de empregos e riquezas da empresa, mantém há 10 anos o Instituto Beatriz e Laura Fiuza (IBLF) que por meio da música transforma a realidade de crianças e jovens da periferia de Fortaleza e, consequentemente, das suas famílias


Lauro Fiuza
| A disponibilidade para a reinvenção nos negócios, os estudos e as experiências internacionais levaram ele e os filhos à referência no setor de energias renováveis no Estado

 

O POVO – Conte sobre as suas memórias de família…
Lauro Fiuza – Meu pai vem de uma família que são 16 ou 15 irmãos e a convivência com eles e os primos sempre foi parte da nossa vida. Herdei essa tradição. Meu bisavô era pernambucano e foi nomeado juiz de Baturité e se mudou, conheceu minha avó e construiu família. E o da Beatriz o bisavó dela era cearense, foi um grande industrial chamado José Pinto do Carmo. Os dois ficaram muito amigos
quando ambos se mudaram para Fortaleza. O meu bisavô ficou sendo o advogado de vínculo do bisavô dela. A vida inteira trabalharam juntos os dois e nasceu essa união entre nossas famílias. Mas eu só
vim conhecer a Beatriz quando ela tinha dezoito anos. Recentemente fizemos 51 anos de casamento.

O POVO – O que aprendeu de mais importante com seus pais e replica aos filhos e netos?
Lauro – Meu pai era um homem muito correto, muito sério, muito digno. Não fazia nada errado, de uma educação cristã, de passar cinco anos no seminário de Minas Gerais. Mas ao vir passar as férias aqui resolveu que a batina não era o caminho dele, mas ele trouxe toda essa bagagem de educação na vida inteira. Sempre ouvi o meu pai tratando todo mundo de igual para igual. Nunca vi um ato de arrogância e de superioridade, ele sempre foi simples, um bom homem de negócio, comerciante. Depois se dedicou a administrar a fazenda da família. Na fazenda a gente fabricava a primeira cachaça que foi exportada para os Estados Unidos.

O POVO – Esse pioneirismo do senhor vem dele?
Lauro – Sempre procurei inovar, eu comecei, fui pioneiro no Nordeste em fazer engenharia de piscina, botar filtragem, azulejo e projetar as piscinas em nível que as pessoas pudessem ficar em pé. Tudo isso era novidade à época. Piscina aqui no Nordeste inteiro, em 1968, era um tanque de água, escura, sem filtragem, com três metros de profundidade para pessoa dar tainha (pular na água). Então foi uma revolução. Quando eu terminei essa empresa eu tinha feito mil piscinas no Nordeste.

O POVO – O que veio depois?
Lauro – Daí apareceu o ar-condicionado central. E fomos crescendo aqui, depois fui para o Piauí, Maranhão, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Fui crescendo e em 15 anos de empresa a gente era número um do País. Desbancamos as grandes que existiam à época e ficamos na primeira posição e fomos durante muito, muito tempo a maior empresa do Brasil nesse setor. Com filiais na Argentina, no Chile, na África, no Brasil todo também.

O POVO – Conte sobre o setor de energia
Lauro
– Tudo que trabalhei antes foi como uma evolução. Não é que a gente mudou de ramo. Foi quando eu voltei de Harvard que eu entendi que o meu negócio não era ar-condicionado. Era trabalhar com energia. Harvard aos meus 46 anos mudou radicalmente o meu pensamento.

O POVO – O que aprende em Harvard aos 46 anos?
Lauro – Aprendi que para você crescer tem que focar no que você está fazendo. Quando eu voltei eu vi que tinha 13 negócios diferentes, todos eles sem dar lucro, todos em época de investimento. Eu não era bom em nenhuma. Era bom no setor de ar-condicionado. Tudo que a gente ganhava aqui no negócio espalha nos outros que não davam lucro. Foi aí que eu decidi deixar tudo, vendi, dei de presente, isso em 1998, quando eu voltei de Havard. Aí concentramos num único negócio que era geração de energia.

 

O POVO – Foi positivo?
Lauro – Em três anos a empresa multiplicou por dez. Hoje
não posso nem te dizer quantas vezes multiplicou, porque nos transformamos em numa referência nesse setor. Não somos o maior, tem gente muito maior do que a gente, inclusive de um outro cearense, a Casa dos Ventos, que tem um crescimento extraordinário, fora da curva, mas somos considerados um líder e referência em fazer as coisas certinhas. Criamos muito respeito na comunidade do investimento do País. E a única atuando em todas as esferas de energias renováveis. Temos algumas dezenas de sócios em tudo que a gente faz. Não fazemos nada sozinho, eu nunca consegui fazer nada sozinho. Acho que a sociedade é a forma ideal de a gente desenvolver um negócio e crescer.
O POVO – Qual foi o seu momento mais relevante na carreira?
Lauro – Olha eu sempre trabalhei muito. E nos momentos mais difíceis eu tive uma mulher do meu lado que foi o que sustentou os meus momentos de dificuldades extremas. Eu me lembro muito bem quando cheguei a passar seis meses sem dormir. Eu dormia dez minutos e acordava. Isso na década de 1992 e 1993. Naquela época eu quase fali, mas eu descobri amigos que eu não sabia que tinham me ajudado nas devidas proporções e atos. Sempre tive uma mulher do meu lado acreditando no que eu fazia e me apoiando. E ela teve uma vida difícil comigo, porque nesse crescimento espalhando pelo Brasil inteiro eu saía de Fortaleza segunda-feira e voltava sexta. E ela educando os filhos aqui e eu atrás de fazer negócio no Brasil inteiro. Durante muitos anos. Meu outro sócio, meu cunhado (Luciano Montenegro), ficava aqui e eu com a pastinha vendendo fora do Ceará. E ela nunca reclamou. E Pedro ao voltar já também incorporou-se à empresa e acabou se mudando para São Paulo, mas mantém as raízes e as amizades aqui. E, hoje, ele é nacionalmente conhecido e muito respeitado em São Paulo por estar comandando negócios que eu nunca imaginei que a gente tivesse envolvido, com valores astronômicos, e ele tem uma confiabilidade muito grande no setor financeiro e no setor de energia.

O POVO – Os filhos o seguiram?
Lauro – Quem mais copiou isso foi o Laurinho, que mora no Canadá e trabalha no Brasil. Ele leva 14 horas de voo e vem todo mês, passa quinze dias aqui, quinze dias lá. E comanda as coisas como se tivesse no Brasil. Na última fusão que a gente fez com o grupo financeiro Perfin, que comprou o controle de uma grande distribuidora de energia, fizemos um bolo grande na entrada da Vibra, sucessora da BR Distribuidora, que tinha como presidente o Wilson Ferreira, que hoje é presidente da Eletrobras de novo… Nas negociações, ele perguntou ‘Quem é que vai tocar o dia a dia? Quem é que vai implantar isso?’ Nosso sócio disse: ‘É a Servtec’. E ele: ‘Então está bom, vamos para frente’. Isso vale para mim mais do que qualquer dinheiro.

O POVO – E qual momento mais desafiador?
Lauro – Foram os tempos de dificuldades que levaram uns três anos para me recuperar. Estava fazendo uma obra muito grande para o setor público, era o metrô de São Paulo, nunca me pagaram. Eu me endividei. Tem uma conta até hoje na Justiça que não vão pagar nunca. Conheci amigos que eu não sabia que tinha, me ajudaram a tomar uma decisão, nunca mais trabalhar para o setor público. A virada foi trabalhar para o setor privado. Você ganha menos, é mais duro, não tem folga, mas você recebe. Você tem com quem falar. Jamais o nosso grupo trabalha para o setor público daqui para frente.

Eu me lembro muito bem quando cheguei a passar seis meses sem dormir. Eu dormia dez minutos e acordava. Isso na década de 1992 e 1993. Naquela época eu quase fali, mas eu descobri amigos.

O POVO – Quais características suas que enxerga nos três filhos?
Lauro – Eles herdaram de mim o amor por trabalhar, não pensam duas vezes em não fazer aquilo que tem que ser feito. São trabalhadores árduos, competentes, inteligentes e estão preparados. Também herdaram de mim serem corretos e sérios e nunca mentiram. Dizer na lata aquilo que não pode fazer, desistir de coisas impossíveis, mas ser inovador. Todos eles estão fazendo coisas inovadoras, mas com trabalho duro. E são pais fantásticos e maridos muito dedicados, sabem que a família é a base de tudo. Família e amigos.


O empresário e seus filhos – (Fotos Júlio Caesar e Aurélio Alves)

Momentos no Instituto Beatriz e Lauro Fiuza – (Fotos Júlio Caesar e Aurélio Alves)


O POVO – E a Bia que o senhor também falou que tem muito orgulho do caminho que ela seguiu…

Lauro – Muito, muito. Ela está sendo brilhante no que está fazendo. Tenho recebido elogios de pessoas que dizem: ‘Aquela tua filha é maravilhosa, como ela é competente, fala muito bem, tem posições muito firmes, sabe o que quer e entende como deve ser o mundo’. Isso me dá um orgulho muito grande.


Lauro Fiuza e a esposa Beatriz e filha Bia – (Fotos Júlio Caesar e Aurélio Alves)

ARTES

Amantes das artes, tanto a esposa Beatriz como a filha se expressam por meio da fotografia. E, para elas, a fotografia desperta o olhar para o próximo.


O POVO – Quando percebeu que poderia ajudar o próximo e fundar o Instituto Beatriz e Lauro Fiuza?

Lauro – O instituto, eu e Beatriz criamos juntos há dez anos. Todos os filhos participam, apoiam e aceitam os recursos que a gente tira da família para ir para lá. Um dia desses, no aniversário da minha mãe, a gente pegou um dos garotos que toca violino muito bem e ele até já saiu do instituto e é profissional, mas está lá sempre. E numa horinha que ele estava tocando, quando parou, ele sentou do meu lado e disse: ‘Doutor Lauro, eu queria lhe agradecer, o senhor não sabe como o instituto transformou a minha vida. Eu era descrente, não sabia o que ia ser na vida e, ao encontrar o instituto, aprender a tocar violino, aquilo me empoderou de uma maneira que o senhor nem imagina. Hoje eu já sou um profissional, trabalho dando concertos, toco em casamentos, em festas. Já sustento a minha família’. Ele disse o valor, que para ele era uma fortuna, e minha lágrima desce.

 

O POVO – Voltando para a empresa… Quais os principais momentos da Servtec? A chave para o crescimento foi ser uma das pioneiras do setor no Estado?
Lauro – Foi muito gratificante a gente despertar para explorar energia eólica, participar daquele grupo inicial, em 2003 e 2004, e a participação no Proinfa (Programa de Incentivo a Fontes Alternativas) em
2008. Não era leilão de preço era um leilão de interesse e ele tinha um limitador de duzentos megawatts por Estado. Mas os outros não tinham projeto, então o Ceará ficou com cerca de um pouco mais de 60%. E ganhamos esses consórcios e fizermos parcerias que já estamos há muitos anos, incluindo o BTG. Isso nos alavancou nesse setor e abriu as portas para a gente fazer aquela transição de uma empresa instaladora de ar-condicionado para ser um investidor nos próprios empreendimentos. Depois tivemos a sorte de ganhar também o direito de construir uma usina termoelétrica em Manaus. E em seguida ganhamos também o direito de construir uma usina em Maranhão. Hoje nós temos sociedades e vamos construir um dos maiores parques solares do Brasil, em Minas Gerais. A primeira operação entrará em março. A capacidade é de 670 megawatts. Temos ainda uma outra parceria para parques de pequenos portes, em 14 estados, de geração de energia solar de 5 a 20 megawatts. E estamos com outra parceria para offshore (em alto mar) no Ceará, Espírito santo e Rio Grande do Sul.

A potencialidade do Brasil é enorme e vai transformar uma região como a nossa do Ceará num polo de riqueza, não tenho a menor dúvida disso.

O POVO – Apesar de o senhor estar em plena atividade na empresa, já pensou em plano de sucessão? Como trabalha o tema já que os seus filhos não estão diretamente nos negócios?
Lauro – Aposentadoria é uma palavra que não tem no vocabulário. Eu até digo brincando com quem me pergunta se está na hora de me aposentar ou se eu já decidi que dia eu vou me aposentar: “Será três meses depois que eu morrer”. Até lá eu vou trabalhar, vou estar ajudando meus filhos. Hoje eu estou no conselho executivo, o dia a dia, os dois é que fazem, a empresa está dividida em dois núcleos importantes, Pedro e Laurinho comandam todas as atividades executivamente, graças a Deus. Eu e Beatriz estamos muito orgulhosos, porque eles foram bem-criados, eles são muito são muito melhores do que eu e mais inteligentes.

O POVO – O que a Servtec já deixou, e está deixando, de legado para o setor de energia renovável do Estado?
Lauro – O legado mais importante da empresa eu tenho muito orgulho do que eu fiz, mas tenho mais orgulho do que os meus filhos estão tocando daqui para frente. O Brasil tem uma reserva de potência de gerar energia renovável muito grande e agora, com a consciência do mundo de que o hidrogênio verde vai substituir o combustível fóssil…. Ahhh…. A potencialidade do Brasil é enorme e vai transformar uma região como a nossa do Ceará num polo de riqueza, não tenho a menor dúvida disso. Se vai demorar cinco anos, dez anos ou 15 isso não interessa, mas vai ser. Dubai, quem conhece sabe, que aquilo era duna de areia e hoje lá é o lugar mais desenvolvido do mundo. Graças a uma riqueza que eles descobriram que é o petróleo. Nós temos também uma riqueza, temos vento forte. As melhores águas do mundo, o melhor fator de capacidade que é a transformação desse potencial do vento em geração de energia. Então, com o hidrogênio verde nós podemos ser exportadores de energia, como Dubai é exportador de petróleo. Eu estou muito otimista com isso. Esse é um belo legado que a gente deixa para as futuras gerações.

SOBRE A EMPRESA

Nome: Servtec
Data de fundação: 5 de Janeiro de 1969
Fundador: Lauro Fiuza Junior, Luciano Montenegro e Marcos Botelho
Presidente: Pedro Fiuza, CEO das áreas de energia renovável onshore contida nas sociedades com a Comerc e DSEF; Lauro Fiuza Neto, CEO das áreas de sociedade com a Corio e Gera
Tipo de produto: energias renováveis
Faturamento anual: R$ 2.771.000 (2021)
Número de funcionários: 1.100
Ações ambientais, sociais e governança (ESG/ASG): Construção de escolas durante a implantação e manutenção permanente; distribuição de tratores e implementos necessários a formação de equipes para apoio aos agricultores do locais; manutenção de programas de apoio alimentar às famílias dos funcionários e pessoas da região; criou há 10 anos, uma fundação, chamada Instituto Beatriz e Lauro Fiuza (IBLF), que implantou em um bairro da periferia de Fortaleza, com baixo índice de IDH, um programa de “transformação de vidas” através da música, formando jovens a serem músicos. Já passaram no IBLF, 1.640 jovens, sendo que 40 deles foram bolsistas em Universidades. Atualmente são 482 alunos com idades de 4 a 18 anos.

 

LINHA DO TEMPO

1969
Fundação no Ceará da Servtec para atuar no setor de instalações de ar-condicionado central. Representante da empresa paulista Tecfril.

1970
Passou a atuar independentemente.

1979
Atuação em todo o Brasil.

1992
Compra dos ativos da Ceibrasil, empresa pioneira no Brasil nesta indústria, e muda sua sede para São Paulo e fi cando nesta posição por mais de 15 anos Em São Paulo, realiza nova composição societária, quando os dois sócios inicias saíram e entraram na sociedade Marco Aurelio Palopolli e Reginaldo Vinha, que compõem com Lauro a sociedade atual Expandiu sua atuação passando a atuar em refrigeração industrial, tendo como principal cliente a Ambev.

1997
Fundação da sociedade nos EUA com Raph Bradley Mudança na forma de atuar, passou a ser uma empresa de desenvolvimento e investimentos.

2001
Participação da licitação de energia emergencial e ganha o direito de implantar a Ceará Geradora de Energia, em sociedade com grupo português, com contrato de quatro anos Ganha contrato (PPA) para investir em nova Usina Térmica em Manaus. Neste empreendimento sociedade com o BTG. Com um PPA de 15 anos investiu junto com o BTG e os irmãos Seibel, a Usina Gera Maranhão, empresa que mantem em funcionamento até hoje. Entrando no Proinfa, investiu na sua primeira planta de geração eólica, a Bons Ventos (157 MW), parque que foi o maior do Brasil durante três anos e vendida para a CPFL em 2017.

2017
Início do processo de sucessão com a chegada de Lauro Fiuza Neto e Pedro Cunha Fiuza para assumirem as funções de comando da companhia.

BASTIDORES

AGENDA
A proximidade profissional com a filha de Lauro Fiuza, Bia, fez com que os primeiros contatos fossem feitos com ela para a entrevista. No passo seguinte já articulei diretamente com ela após o retorno de uma viagem que estava realizando ao Japão.

FAMÍLIA
Como os dois fi lhos estão morando fora do Ceará, marcamos um café da manhã na residência dele, acompanhado pela esposa Beatriz e a filha Bia, que desmarcou agenda para participar desse momento. Valeu a pena, pois, durante a filmagem, o pai relatou um episódio recente que tem encontrado amigos que são só elogios para a filha o que o encheu de orgulho e transmitiu para ela esse sentimento.

INSTITUTO
O cuidado com o próximo dentro da família é pautado desde gerações anteriores e para dar continuidade nesse legado da família Lauro e Beatriz decidiram criar, em 2012, o Instituto Beatriz e Lauro Fiuza (IBLF) que assiste crianças da periferia de Fortaleza ensinando música. O instituto foi uma das locações que nossa equipe acompanhou Lauro e a esposa. O encontro que se estendeu mais que o previsto se encerrou no escritório na avenida Santos Dumont, em Fortaleza.

PROJETO LEGADOS

Essa entrevista exclusiva com o fundador do Grupo da Servtec para O POVO dá sequência ao projeto Legados: A tradição familiar como pilar dos negócios. São dez entrevistas nesta primeira temporada com grandes empresários para contar a base que sustenta seus princípios, valores e tradições familiares que estão sendo passados para as novas gerações. E, ainda, o legado empresarial para o Ceará. No próximo episódio, conheça a história do grupo de calçados Meia Sola. Tane Albuquerque e seus filhos concedem entrevista ao O POVO

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